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ALANAC - Notícias do Setor

Redução de preço de remédios salvaria o Farmácia Popular de cortes

17 de Dezembro de 2015

 
Por: Pollyanna Brêtas 
 
O Ministério da Saúde propôs a laboratórios reduzir o valor de referência de nove medicamentos que integram o programa Farmácia Popular, que corre o risco de ser parcialmente suspenso, em 1º de janeiro. O governo federal enviou um projeto orçamentário ao Congresso Nacional, que retirava a previsão de verba para o programa. Mas uma emenda parlamentar visa a garantir R$ 500 milhões à iniciativa, que atende a mais de 24 milhões de brasileiros. O montante é cerca de 30% menor do que os gastos de R$ 760 milhões em 2015.
 
Nesta quinta-feira, representantes do Ministério da Saúde se reunirão com técnicos da indústria farmacêutica. Na semana passada, em audiência Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, Arionaldo Bomfim Rosendo, representante do Ministério da Saúde, afirmou que o programa dependente desta negociação de preços entre o governo e a indústria farmacêutica. Segundo ele, a partir da diminuição das receitas no orçamento federal, as ações que não faziam parte de serviços públicos de saúde foram excluídas. É o caso do Farmácia Popular Coparticipação, no qual o governo entra com 90%, e o usuário paga apenas 10% do preço do remédio.
 
— Estamos preocupados. O governo quer reduzir os preços dos remédios, sem apresentar critérios e estudos técnicos, e sem levar em conta a inflação e a elevação do dólar. É uma trajetória insustentável — disse Marcelo Liebhardt, diretor da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).
 
Durante a audiência, o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES) quis saber como seria possível comprar a mesma quantidade de produtos com menos dinheiro e questionou se havia superfaturamento na compra, o que foi negado pelo representante do governo, em nota, a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde informou que o governo pretende manter 14 remédios distribuídos gratuitamente e que “os medicamentos cofinanciados devem ser ofertados na rede pública de saúde, independente da disponibilização no Farmácia Popular”.
 
Fonte: Extra OnLine


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